05 setembro 2010

Da vida que é mesmo assim

Passo o sábado a pintar o muro de uma velha senhora, trinta e cinco graus, não posso deixar de pensar em Tom Sawyer a pintar a cerca da Tia Polly, os amigos a caminho do Mississipi a rir da sua má sorte, Tom Sawyer a ter um rasgo e a convencer os amigos que pintar aquela cerca não era para qualquer um, os amigos a reconsiderar, os amigos a pagar para serem eles a pintar a cerca, Tom Sawyer, ele mesmo, agora a caminho do rio com os bolsos cheios de moedas e de bens de primeira necessidade para um rapaz como Tom Sawyer, a cerca pintada no fim do dia, a Tia Polly a gabar os dotes de bom trabalhador de Tom Sawyer.

Infelizmente, os meus amigos foram de carro para a Comporta, sem passar pelo muro que eu estava a pintar.

5 comentários:

  1. Oh, como eu adorava o Tom Sawyer. O que terá sido feito dele...?

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  2. Pipoco, não está feliz por ter praticado uma boa acção?

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  3. Anónimo5.9.10

    Pintar a cerca é fantástico! Quantas vizinhas não terão espreitado, para observar, quem fazia tal trabalho!

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  4. Ah ah ah. Muito bom. One gets what one deserves...

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  5. Li o Tom Sawyer há pouco. Adoro oficialmente este blog, a partir deste momento.

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