17 novembro 2010

Dos saberes empíricos

A rapariguinha estava ali na minha visão periférica, era bonita, normalmente as mulheres bonitas estão sempre na minha visão periférica, e ela sorria para o tipo que lhe tentava explicar umas coisas, e o tipo esforçava-se a sério para lhe explicar tudo em detalhe, e a rapariga bonita sorria ainda mais e fazia aquela cara que as raparigas bonitas sabem fazer quando fazem de conta que não sabem resolver problemas e o tipo lá explicava e ia resolvendo o problema na justa medida em que o sorriso da rapariga bonita se tornava mais luminoso, depois o tipo lá acabou por resolver a coisa de vez e a rapariga bonita agradeceu-lhe e foi-se embora, já sem o tal sorriso, o tipo acabou por ficar por ali, já sem a rapariga bonita, e eu acabei por ir também à minha vida, a pensar que o tipo que resolvia problemas a raparigas bonitas ainda era capaz de precisar de aprender muito disso das coisas serem como são.

3 comentários:

  1. É sabido que os homens adoram resolver berbicachos, alguns afirmam a sua masculinidade e sentem-se tremendamente úteis quando ajudam donzelas em apuros, mesmo que seja mudar a lâmpada da cozinha que acabou de fundir. E se há mulheres que pedem a ajuda dos homens mesmo que não necessitem da mesma, há homens que não percebem o significado disso mesmo. Mas isto é só do que eu sei.

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  2. O que não deixo de perguntar a mim mesma é por anda o Pipoco quando eu tenho problemas, a vida não é justa, eu sei que não é, o sol quando nasce nem sempre é para todos mas a verdade é que todos os dias faço essa pergunta a mim mesma, essa é que é essa.

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  3. Não há nada como lhes ofertar um manual/guia.

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