31 maio 2013

Terá sido a infância o tempo mais feliz?

Estava aqui a pensar que tempo terá sido o meu melhor tempo, se aquele da infância, o tempo das férias intermináveis e dos livros lidos à sombra da carvalha grande e de mergulhos no rio e da minha mãe a explicar-me com paciência o maravilhoso mundo da operação de divisão, se o tempo em que eu ia trabalhar no princípio das férias enquanto os meus amigos apanhavam sol na Caparica e no fim das férias eu passava um mês a andar de comboio com a mochila às costas enquanto os meus amigos continuavam a apanhar sol na Caparica, se este tempo agora em que me comovo menos do que aquilo que devia, em que tenho mais certezas que dúvidas, em que há alturas em que as coisas são como são porque eu quero que sejam.

4 comentários:

  1. Ignorance is bliss... A formação do caracter começa na idade da inocência em que percorremos alegre e inconscientemente trilhos selvagens e desconhecidos. Depois, depois as coisas são como são...

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  2. Pipoco, passe a lapalissada, o presente é o único tempo que temos. O resto, ao passar, muda de nome, torna-se memórias, tornam-se selectivas e editadas. Acreditemos que o melhor tempo é este em que decidimos e fazemos, e será assim, porque quereremos que o seja. :)

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  3. Anónimo1.6.13

    Que triste que eu fiquei ao ler este post. Tem assim tantas certezas? Mas que desencanto tão grande quando não nos deixamos surpreender pela vida. Talvez seja bom sacudir o pó da mochila, encostar a carroçaria roxa, e andar de comboio e a pé até à sombra de uma certa árvore perto da qual correrá um rio. Não leve nomes de vinhos, queijos e quejandos, é só uma mochila. Afinal, tudo é conforme a sua natureza. Qual é a sua?

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  4. Do tempo que já passou, não é? é que ainda falta o que está para vir :)

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