02 junho 2015

Lamborghinis roxos

De cada vez que vou à Feira do Livro e tenho que escolher qual dos livros vou ler primeiro, afigura-se-me sempre que os outros, os preteridos, ficam zangados e são capazes de fazer a vida negra ao escolhido. Mas eu sou precavido e deixo sempre uma distância entre eles na estante...

9 comentários:

  1. Anónimo2.6.15

    E farturas, comeu farturas, um cachorro, algodão doce, uma bifana? Só faltam os carros de choque para parecer a feira popular, vamos para comprar livros, e saímos de lá a cheirar a fritos. Mas ai Jesus, que vendem livros nos supermercados, não pode ser. Mas com farturas, minis e bifanas já pode.

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  2. Jaquelina Brites Mendonça de Sá2.6.15

    Dependendo dos autores, talvez seja mais prudente deixar em estantes distintas. Ou então faça uma happy hour: leia todos ao mesmo tempo, misture tudo com a dose certa de parcimónia e coloque aqui. Depois faça um giveaway para quem acertar nos autores.
    De nada.

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  3. Cláudia2.6.15

    Pelo que, aqui, nos tem dado a conhecer, não me parece dedicar-se a leituras básicas, isto para dizer que, em caso de ressentimento, querendo fazer a vida negra ao escolhido em primeiro lugar, os outros livros, serão sofisticados nisso da "vida negra", não serão óbvios ao ponto de se porem à bulha na estante. Provavelmente, enquanto estiver absorto na leitura do que escolheu primeiro, ouvirá uns zunzuns, vindos da estante, falarão de outro livro qualquer, sim, não serão parvos e não irão pôr-se a elogiar-se a si próprios, (nem tão pouco a falar diretamente do que está a ler), que o livro tal é que sim senhores, bem interessante, aquele é que, sim senhores, é um livro como deve ser, já uns e outros, nem se percebe porque são escolhidos para serem lidos quanto mais serem logo os primeiros e todos em coro, realmente, não se percebe (até podem dizer que só gente muito tonta, os escolhe, quanto mais começar logo assim a lê-los) e vão acrescentar assim mais umas não qualidades que farão encolher e corar o livro mais empedernido, mas, que não, aquilo são mesmo só eles livros a falar, assim para o ar, aquilo não é para atingir nenhum deles em particular, não senhores, ora essa, afinal, são todos bons livros...

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    1. Que comentário tão pictórico, imaginei mesmo a conversa com os livros.

      (um dia, um amigo que teve trigémeos contou-me que não se tinha preparado para o momento em que tinha que escolher em qual dos três pegaria primeiro)

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  4. Anónimo2.6.15

    Mas que post bonito, tio pipoco. Sinto-me tentada a achar que no entanto não se refere de todo a livros, ainda para mais deixados na estante (quando antes já referiu que uma casa se quer com eles espalhados por ela fora), e dúvidas sobre qual ler primeiro quando em cada divisão da e cada momento pode colher um, como quem apanha maçãs da árvore...? Não, este post não é sobre livros.

    O tio e eu somos duas criaturas completamente diferentes mas (quase de certeza) que temos o hábito de espalhar livros pela casa fora e nos lugares mais improváveis (aos olhos dos outros): na cozinha, debaixo da almofada, com marcadores nas passagens favoritas ou com o número de página memorizado.

    Este post não é sobre livros, os seus livros não estão nas estantes por muito tempo se de todo, e a distância entre eles é a proximidade do alcance do gesto de colher a maçã da árvore.

    É tentador, não é?

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    1. É sobre livros, pois...

      (é verdade que há livros espalhados pela casa, mas não serão mais que quinze ou vinte)

      (dava um bom post, mostrar os sítios dos livros espalhados pela casa...)

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    2. Anónimo2.6.15

      Ah, meu caro, sorte a sua, receber assim ramos de flores primaveris sob a forma de comentários a posts acerca de livros que não são livros.
      Sempre que aqui chego saio com lágrimas de inveja.
      Abraço!

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  5. Anónimo3.6.15

    Roxo....de Lamborghinis passámos às meias de Ruben.....
    Uma queda em cheio. Saudades do outro cabeçalho, que era inteligentíssimo.,

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